Escrevi este texto em 26/12/2015, pensando em ficção científica…
Havia um planeta atrasado na galáxia. Neste planeta, muitos alimentavam a expectativa de contato com vidas ou consciências de outros planetas. No entanto, com seu baixo grau evolutivo, ninguém se manifestava diretamente, muito menos procuravam os líderes daquele planeta. Estavam numa situação estranha, como uma espécie de trava evolutiva. O terrorismo de alguns impedia o desenvolvimento de milhões. Um país latino de proporções continentais tinha um impedimento compulsório provocado por séculos de imprudência. Este país cheio de potencial havia condenado sua população à pobreza, à ignorância no intuito de sustentar a ganância de poucos. Este país estava sendo castigado pelo Conselho Interestelar, de maneira irônica segundo seus próprios desvios morais. Uma praga na forma de um mosquito havia tomado conta e estes poucos gananciosos não deram a menor importância, até porque apenas pobres relegados ao lixo sofriam com aquela pequenina perturbação.
Um mosquito que, a princípio não poderia significar nada, estava acabando com o batalhão de indigentes trabalhadores, escravos compulsórios dos gananciosos. Os pobres já não poderiam mais responder aos comandos de vida regrada e atrasada que lhes seriam impostos, estavam nascendo com sérios danos cerebrais. Eram como zumbis em meio aos estímulos do mundo e da galáxia. Os gananciosos seriam obrigados a resguardar o desenvolvimento e a produtividade destes afetados pela praga do mosquito! O esforço de séculos feito pelos gananciosos para manterem-se no poder por meio da repressão e da ignorância havia dado certo. Todos estavam presos à dimensão da materialidade, ficaram lá por muito mais tempo, vagando no espaço de provas e torturas psíquicas sendo conduzidos ao que os alienígenas chamavam de abandono de consciência.
O sol poderia guiá-los em silêncio e plena luz.